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domingo, 24 de maio de 2015

Os sete dons do Espírito Santo

Estes dons são graças de Deus e, só com nosso esforço, não podemos fazer com que cresçam e se desenvolvam. Necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro da virtude e perfeição cristã. 


No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o Pai e o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria Santíssima, trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos à Maria, esposa do Espírito Santo, que interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os divinos dons, apesar de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus quem nos recomenda: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt VII, 7s). 

1. Fortaleza - Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão. Lembremo-nos que foi com muita coragem, com muito heroísmo, que os santos desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do mundo. Destes, muitos testemunharam a fé com o sacrifício da própria vida. O Espírito Santo lhes imprimiu o dom da Fortaleza e só isto explica a serenidade com que encontraram a morte! Que luta gloriosa não sustentaram! Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja glória participam. Também nós, havemos de combater diariamente para alcançar a coroa eterna. Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração constantemente dirigem-se para o mal. Resistir a tudo isto requer em primeiro lugar muita oração, força de vontade e combate resoluto. Por esta virtude, a alma se fortalece para praticar toda a classe de atos heróicos, com invencível confiança em superar os maiores perigos e dificuldades com que nos deparamos diariamente. Nos ajuda a não cair nas tentações e ciladas do demônio. 

2. Sabedoria - O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, como os demais, não é um dom que brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra. Nos permite entender, experimentar e saborear as coisas divinas, para poder julgá-las retamente. 

3. Ciência - Nos torna capazes de aperfeiçoar a inteligência, onde as verdades reveladas e as ciências humanas perdem a sua inerente complexibilidade. Nossas habilidades com as coisas acentuam-se progressivamente em determinadas áreas, conforme nossas inclinações culturais e científicas, sempre segundo os desígnios divinos, mesmo que não nos apercebamos disso. Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens. 

4. Conselho - Permite à alma o reto discernimento e santas atitudes em determinadas circunstâncias. Nos ajuda a sermos bons conselheiros, guiando o irmão pelo caminho do bem. Hoje, mais do que nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo. 

5. Entendimento - Torna nossa inteligência capaz de entender intuitivamente as verdades reveladas e naturais, de acordo com o fim sobrenatural que possuem. A aparente correlação não significa que quem possui a sabedoria, já traga consigo o entendimento por conseqüência (ou vice-versa). Existe uma clara distinção entre um e o outro. Para exemplificar: Há fiéis que entendem as contemplações do terço, mas o rezam por obrigação ou mecanicamente (Possuem o dom do entendimento). Há outros que, por sua simplicidade, nunca procuraram entender o seu significado, mas praticam sua reza com sabor, devoção e piedade, ignorando seu vasto sentido (possuem o dom da Sabedoria). Este exemplo, logicamente, se aplica às ciências naturais e divinas, logo ao nosso dia-a-dia. Não sendo um conseqüencia do outro, são distintamente preciosos e complementam-se mutuamente, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência e sensível percepção das coisas terrenas, que devem estar sempre direcionadas às coisas celestes. 

6. Piedade - É uma graça de Deus na alma que proporciona salutares frutos de oração e práticas de piedade ensinadas pela Santa Igreja. Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárneo de pessoas que tem outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento das escrituras. 

7. Temor de Deus - Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este respeito dizia: "A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas todas as coisas?". Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador. Por este divino dom, torna-se Deus a pessoa mais importante em nossa vida, onde a alma docemente afasta-se do erro pelo temor em ofendê-Lo com nossos pecados.



Fonte: Catequisar





sexta-feira, 22 de maio de 2015

SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 de maio



Santa Rita de Cássia



Aquela que no futuro seria conhecida como a advogada dos desesperados nasceu em 1381 no vilarejo de Roccaporena, na região de Cascia, na Úmbria (centro da Itália). Seus pais – Antonio Mancini e Amata Ferri – formavam um casal exemplar, e gozavam de fama de reconciliadores pela habilidade que tinham em desfazer inimizades e pôr fim a disputas, sendo por isso apelidados de “pacificadores de Cristo”. Formavam eles um casal adiantado em anos, porém suas preces foram ouvidas e uma menina veio ao mundo. Com quatro dias de nascida, na pia batismal da igreja de Santa Maria em Cascia recebeu ela o nome Margherita, que depois foi carinhosamente reduzido para apenas “Rita”.

Infância e adolescência de Rita

Já na infância Rita se destacava em casa pela inclinação à piedade e à união com Deus pela oração, e assim seus pais adequaram um pequeno cômodo da casa montando ali um oratório, onde ela passava agradáveis momentos em oração. Apesar de analfabetos, Amata e Antonio procuravam transmitir à menina os edificantes conhecimentos da vida de Jesus, da Virgem Maria, e dos santos populares, e assim Rita cresceu dócil, respeitosa e obediente para com seus idosos pais. Aos oito anos inclinou-se a consagrar sua virgindade a Jesus, esposo das virgens, mas segundo os costumes da época resignou-se à vontade de seus pais, e ao fim da adolescência casou-se com o jovem Paulo Fernando, fonte de muitos sofrimentos durante a vida matrimonial.

A família, igreja doméstica: sofrimentos e provações

Seu esposo, descrito como um indivíduo pervertido e impulsivo, de caráter feroz e sem temor a Deus, não admitia opiniões diferentes da sua. Muitas vezes injuriava a esposa sem motivos, mas ela nunca respondia com ressentimento ou queixas. Rita lhe era obediente, pedindo-lhe permissão até mesmo para ir à igreja, e com o passar dos anos a docilidade e a benquerença da esposa transformaram o feroz leão em manso cordeiro: passou a ser respeitoso com a esposa, dando bom exemplo aos dois filhos, João Tiago e Paulo Maria, que lamentavelmente herdaram o temperamento paterno.

O matrimônio durou dezoito anos, até o momento em que Paulo Fernando foi brutalmente assassinado por inimigos que cultivou nos tempos de violência. Sepultado, foi agraciado com muitas orações e penitências de Rita em sufrágio de sua alma, tendo a santa viúva feito um corajoso ato heróico: perdoou os assassinos.

Pefere que os filhos morram antes que cometam pecado

Mais um sofrimento se abateu sobre Rita: refeita da dor causada pela morte de seu esposo, e tendo dirigido toda a dedicação à formação dos dois filhos, percebeu ela que ambos estavam inclinados a vingar a morte do pai. Tomou então uma resolução difícil porém firme: pediu que Jesus levasse seus filhos antes de cometerem esse pecado, se fosse humanamente impossível impedir que o fizessem; amava-os tanto que queria encontrá-los no Paraíso, tendo o mesmo sentimento que levou a mãe de São Luís, rei da França, a dizer ao filho que preferia vê-lo morto a seus pés antes que cometesse um pecado mortal. João Tiago e Paulo Maria adoeceram, mas receberam continuamente os cuidados da diligente mãe, que lhes obtinha todos os remédios então disponíveis para lhes conservar as vidas, e então, reconciliados com Deus e tendo perdoado os assassinos do pai, partiram para a eternidade (o que aconteceu cerca de um ano após a morte de Paulo Fernando, junto a quem foram sepultados). Dir-se-ia que Rita ficou só, no mundo, mas na mais perfeita das solidões, pois tinha Deus consigo.

Inclina-se à vida religiosa conventual

Não mais tendo obrigações matrimoniais ou maternais, Rita aperfeiçoou-se na prática das virtudes, dedicando-se à caridade e à oração, mas isso não era suficiente para quem estava tomada pelo amor a Deus, e que desde a infância aspirava à vida religiosa. Ao passar junto aos conventos e mosteiros, sentia uma atração interior para a vida dos claustros, tendo uma santa inveja das almas virgens que ali estavam encerradas em total entrega a Jesus, mas pelo matrimônio um muro intransponível se elevara entre ela e a vida conventual: segundo as normas e regras então vigentes era-lhe vedado o ingresso na vida que tanto aspirava. Rita queria uma coisa impossível: batendo às portas do convento das religiosas agostinianas de Santa Maria Madalena, recebeu da madre superiora a resposta negativa apesar da boa impressão que causou, pois ali só se admitiam mulheres solteiras, não sendo possível o ingresso de quem já tivera vida matrimonial.

Quer seguir os conselhos evangélicos

Rejeitada, continuou com orações e penitências, além das boas obras, mas mantendo a confiança naquilo que considerava uma “causa desesperada” voltou duas vezes ao mesmo convento para implorar a admissão, sendo em ambas as ocasiões novamente rejeitada. Entregou-se então à vontade de Deus, recomendando-se aos santos de sua devoção. Já praticava a pobreza, desapegando-se dos bens que possuía para distribuí-los entre os necessitados; a castidade, vivia-a no estado de viuvez, desinteressando-se em contrair novas núpcias e assim desapegando-se do próprio corpo. Faltava-lhe ainda a obediência, que almejava abraçar dentro de um convento, submetendo inteiramente sua vontade a alguma pessoa investida da superioridade religiosa.

Deus é quem lhe proporciona a entrada no convento

Certa noite ouviu alguém a chamar pelo nome: “Rita, Rita“… Ninguém parecia estar ali, e tendo retornado às orações ouviu novamente seu nome ser chamado: “Rita, Rita“. Indo à porta deparou-se com três pessoas, e nelas reconheceu São João Batista (que, como ela, fora concebido na velhice dos pais), Santo Agostinho (fundador da família agostiniana, por ela tanto admirada) e São Nicolau de Tolentino (religioso agostiniano), os quais a convidaram a segui-los. Chegando ao convento de Santa Maria Madalena, onde fora por três vezes recusada, a porta estava evidentemente bem fechada, pois era o momento em que as religiosas dormiam, mas seus três protetores fizeram com que ela inexplicavelmente se visse conduzida ao interior do imóvel. Ao se reunirem para as obrigações matinais, as religiosas se surpreenderam ao encontrarem Rita rezando na capela, e tendo constatado que a porta não fora arrombada e que não havia sinal algum que explicasse a entrada da viúva por meios humanos, creram no relato que dela ouviram, reconhecendo assim a vontade de Deus: uma nova alma foi então recebida naquela família religiosa. Rita desfez-se de seus bens, abraçando assim formalmente a pobreza evangélica, continuou a manter a castidade na viuvez depois de ter passado pelo estado matrimonial, e tornou-se submissa à autoridade da madre superiora, renunciando até mesmo à própria vontade.

Um milagre é o prêmio da obediência

Certa ocasião Rita recebeu da superiora a ordem para regar duas vezes ao dia um galho seco, o que foi cumprido com diligência pela manhã e à tarde quotidianamente, mês após mês, observada com irônico sorriso pelas demais irmãs. Elas se surpreenderam cerca de um ano depois com o surgimento de folhas na videira que começava ali a se desenvolver, e que passou a dar saborosas uvas século após século, produto da santa obediência. Tal árvore atravessou as épocas, chegando até nossos dias, mantendo-se viçosa e frutífera, fruto da cega obediência à qual se submeteu.

Estigmatizada, participa do sofrimento de Jesus

Na quaresma de 1443 Rita ouviu um edificante sermão pregado por São Tiago da Marca (Giacomo della Marca, 1394-1476), frade franciscano, discípulo de São Bernardino de Siena. As palavras do religioso a sensibilizaram profundamente, e então, prostrada diante da imagem do Crucificado, pediu a participação naquelas lancinantes dores, ainda que fosse a dor de um dos espinhos, no que foi imediatamente atendida: sua fronte foi ferida por um espinho da coroa, o que a fez desmaiar de dor. Ao contrário das chagas de Jesus que se abriram em outros santos, a de Rita manifestou-se com aspecto repugnante, com saída de pus e odor fétido, o que a levou a uma vida isolada dentro do convento, em uma cela distante à qual uma religiosa lhe levava o necessário para viver. Esse sofrimento se estendeu por quinze anos.

Por ocasião do ano do Jubileu proclamado pelo Papa Nicolau IV, em 1450, Rita manifestou o desejo de ir a Roma com outras religiosas, mas não obteve permissão da superiora devido ao seu estado de saúde que se agravava, conseqüência da ferida causada pelo espinho. Rita então pediu a Deus o desaparecimento da ferida, no que foi atendida, viajando assim à Cidade Eterna para ali praticar os atos de piedade próprios à ocasião. Ao retornar ao convento a ferida reapareceu, retornando a religiosa à sua vida de sofrimentos. A saúde se debilitava, as dores aumentavam, mas a alegria e o sorriso continuavam em meio ao santo sofrimento pelo qual passava. Nos últimos dias de vida seu único alimento foi o Pão Eucarístico.

A roseira floriu em pleno inverno, representando a realização de uma coisa impossível. 

Aproximando-se o fim de sua vida, Rita consolou-se com a notícia de um fenômeno inabitual, ou melhor, “impossível”: durante um rigoroso inverno notou-se em sua horta uma roseira lindamente florida, e também uma figueira cujos frutos estavam maduros e saborosos. Esse fato prefigurava a nova rosa que em breve ornamentaria o Paraíso, e o fruto que Jesus colheria na Terra para, lá no Céu, se deliciar, e até hoje é tradicional a Bênção das Rosas, as quais são levadas aos enfermos, alusão à roseira que milagrosamente floriu em pleno inverno e que confortou Rita em sua enfermidade. Por fim, confortada pelos Sacramentos, Rita foi chamada à Casa do Pai, em 22 de maio de 1457, quando contava 76 anos de idade e quatro décadas de vida religiosa. Não deixou escritos (cartas, livros, diários: nada disso existe), mas apenas os exemplos e as lembranças de sua vida de santidade. Registrou-se, nos anais da História, que os sinos do convento e da cidade de Cascia soaram sem serem acionados por mãos humanas.

No Céu, padroeira das coisas impossíveis e das causas desesperadas

Com a morte de Rita a ferida na testa, antes repugnante, tornou-se brilhante e limpa, exalando odor perfumado. A exposição de seu corpo para o último adeus dos numerosos peregrinos que acorreram ao convento foi-se estendendo dia após dia, e acabou por não haver sepultamento formal, mas o cadáver não sofreu a habitual decomposição, podendo até hoje ser sua face apreciada pelos que visitam a capela do convento onde a Santa das Coisas Impossíveis viveu. Filha obediente, esposa maltratada, mãe amorosa, viúva confiante, religiosa estigmatizada… tantos adjetivos haveria para se aplicar a essa agostiniana de espírito, e que não descansou enquanto não se tornou religiosa de fato, mas todos eles se resumem nessas palavras que são motivo de esperança por parte de todos os seus devotos: padroeira das coisas impossíveis e das causas desesperadas.












sábado, 16 de maio de 2015

ASCENSÃO DO SENHOR – 17 MAI 2015



internet
Anunciai a Boa-Nova a toda criatura!


A solenidade da Ascensão, celebrada quarenta dias depois da Páscoa, conclui a série de aparições de Jesus ressuscitado. Na oração da coleta desse dia, rezamos: “Ó Deus, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória”. Celebramos a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e todas as suas manifestações e sobre a morte. Dessa vitória todos somos herdeiros, pelos méritos de Cristo. Essa vitória de Cristo nos faz compreender que o mal e a morte não têm mais poder, eles foram vencidos pelo Senhor ressuscitado dentre os mortos. 
O trecho dos Atos dos Apóstolos, de hoje, é de capital importância para compreender a mensagem da ascensão do Senhor. Ao longo de quarenta dias, depois da ressurreição, o Senhor apareceu aos discípulos e os instruiu pelo Espírito Santo. O Senhor continua presente e a falar com os seus, mas agora não de viva voz e em carne e osso, podemos dizer, mas pelo Espírito Santo (cf. At 1,2). O Espírito Santo torna o Cristo presente aos seus discípulos e atual as suas palavras. Agora, é através do Espírito Santo que o Senhor continua a revelar o desígnio salvífico de Deus. O relato da ascensão não se oferece ao nosso olhar; trata-se de uma profissão de fé: ressuscitado dos mortos, Jesus Cristo foi elevado ao céu onde está sentado à direita do Pai. 
O relato tem por finalidade ser um apoio para a intelecção da fé e o aprofundamento do mistério da ressurreição. O passivo divino usado para dizer da elevação de Jesus indica que é o Pai quem o elevou. A nuvem que envolve o Ressuscitado é, para a tradição bíblica, símbolo da presença de Deus que acompanha o seu povo (cf. Ex 13,22). A nuvem que envolve o Senhor é um modo de dizer que Jesus ressuscitado entra no mistério de Deus, no que é seu, antes da criação do mundo.
Os dois mensageiros celestes são um apoio para compreender que, agora, com seu corpo glorioso, o Senhor não é encontrado no alto, mas na nossa própria humanidade, em todos os lugares e situações, no cotidiano da existência humana. É pela fé que vemos e encontramos o Senhor, em meio às vicissitudes da história. Pela fé a elevação de Jesus Cristo não é sentida como ausência, mas como uma forma de presença. A ascensão é, para nós cristãos, o momento a partir do qual, ao invés de ficar olhando o céu, devemos cumprir a missão que o Senhor ressuscitado nos confiou, a saber, a de sermos testemunhasdo seu amor (cf. At 1,8).

Na conclusão do evangelho de Marcos, depois de confiar aos discípulos a missão de expandir o evangelho por toda a terra, Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Mas essa missão tão grande não pode ser realizada a não ser com a força que Deus mesmo concede (cf. Mc 16,20).

                                                                                                        Pe. Carlos Alberto Contieri



Fonte: Paulinas 



quarta-feira, 13 de maio de 2015

13 de maio - Nossa Senhora de Fátima



      

A Treze de Maio

A treze de maio na cova da íria
No céu aparece a Virgem Maria
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Há três pastorinhos cercada de luz
Visita a Maria, mãe de Jesus
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

A mãe vem pedir constante oração
Pois só de Jesus nos vem a salvação
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Da agreste azinheira a Virgem falou
E aos três a senhora tranquilos deixou
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Então da Senhora o nome indagaram
Do céu a mãe terna bem claro escutaram
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Se o mundo quiserdes da guerra livrar
Fazei penitência de tanto pecar
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

A Virgem lhes manda o terço rezar
A fim de alcançarem da guerra o findar
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Com estes cuidados a mãe amorosa
Do céu vem os filhos salvar carinhosa
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria!





Consagração ao Imaculado Coração de Maria

Ó coração Imaculado de Maria, repleto de bondade, mostrai-nos o vosso amor. A chama do vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens! Nós vos amamos infinitamente! Imprimi no nosso coração o verdadeiro amor, para que sintamos o desejo de Vos buscar incessantemente. Ó Maria, vós que tendes um Coração suave e humilde, lembrai-vos de nós quando cairmos no pecado. Vós sabeis que todos os homens pecam. Concedei que, por meio do vosso materno e Imaculado Coração, sejam curados de toda doença espiritual. Fazei que possamos sempre contemplar a bondade do vosso materno Coração e convertamo-nos por meio da chama do vosso Coração. Amém.